09/08/2010

No último sábado (07/08), mais de 30 professores da Rede Municipal da Educação participaram da VII Jornada Brasileira de Terapia Morfoanalítica, realizada no auditório Antônio Merisse, localizado no campus da UNESP de Assis. O evento contou com palestrantes ilustres, como o francês Serge Peyrot (criador da Terapia Morfoanalítica) ou Ana Rita Mira (presidente da Associação Brasileira de Terapeutas Morfoanalistas), apresentando casos clínicos, além de temas relacionados às emoções e o corpo humano.

Segundo Magali Barchi, psicoterapeuta corporal morfoanalítica e uma das organizadoras do evento, a participação dos professores foi muito importante, já que através dos casos clínicos apresentados foi possível entrar em contato com o ser-humano por trás do profissional. “Trata-se de uma oportunidade para o professor reconhecer suas dificuldades, afetos, enfim suas dores físicas e emocionais”, explicou. “Uma chance de pensarmos em nós mesmos. Uma possibilidade para nós educadores nos reencontrarmos conosco em nossas necessidades e potencialidades de seres humanos, contextualizando dentro de nossa própria realidade”, complementou Barchi.

As professoras Emilia Cláudia de Carvalho Ferreira e Elizabeth de Almeida, que lecionam na EMEIF Maria José Silva Valverde, aprovaram a iniciativa. “Participar de um evento como esse é uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional”, ressaltou Emilia. “Graças ao investimento da Secretaria Municipal da Educação, temos a chance de assimilar idéias que serão úteis para nosso dia a dia e também para a rotina escolar”, acrescentou Elizabeth.

As exigências aos quais muitos dos professores estão submetidos foi outra preocupação abordada durante o encontro. “Muitos métodos ideais são exigidos do educador, que precisa ser um professor ideal e formar alunos ideais. Porém, nem tudo o que se pede é possível”, contestou Magali. “Ouvir foge do controle da racionalidade, afinal só conseguiremos escutar o próximo quando escutarmos a nós mesmos. A jornada foi uma grande oportunidade de entrarmos em contato com este tipo de escuta, que poderá evocar idéias, possibilidades criativas para o autoconhecimento, para as relações pessoais e do trabalho”, concluiu.