24/09/2010

“Infelizmente o bullyng está muito mais presente em nosso dia a dia, do que pensamos”. Esta frase do coordenador do projeto “Saúde vai à Escola” em nível da Secretaria Municipal da Educação, Tiago Escame, serve bem para resumir a realidade que as equipes de enfermagem do Hospital Regional de Assis, vêm encontrando nas escolas municipais, durante as suas visitas.

Escame considera o trabalho desenvolvido por meio da parceira entre Prefeitura (SME) e Hospital Regional, de fundamental importância se um dia quisermos sonhar com um ambiente livre de preconceitos ou qualquer forma de discriminação e isso já vem sendo alcançado, segundo ele, apesar do pouco tempo de implantação do projeto: “Temos observado que as crianças, os nossos alunos estão interessados em saber sobre o assunto, tanto que em especial nesta quinta-feira, quando dentro das festividades de aniversario da escola a palestra foi realizada no Nísia Mercadante, foi intensa a participação dos alunos, que se prenderam mesmo ao tema, haja vista que muitas vezes eles praticam o bullyng contra um amiguinho, mas na verdade nem sabem que aquilo que estão fazendo é errado, uma vez que não consideram o ato de colocar um apelido ou zoar com uma diferença que o amigo possui, um ato discriminatório”, explica Escame.

Sob a coordenação das enfermeiras Célia Regina Orlando Campos e Kátia Regina Tácito, divididos em grupos, os alunos da escola Nísia Mercadante, acompanhou durante toda a manhã desta quinta-feira, dia 23, palestras sobre o bullyng, realizadas no pátio interno do colégio e também acompanhadas pelos professores e demais integrantes da equipe escolar.

Regina Tácito e Célia Orlando, trabalharam questões referentes ao respeito às diferenças, com ênfase a questão de uma criança ficar colocando apelidos nas outras, ficar tirando sarro ou mesmo discriminando por algum motivo o colega: “Foi uma experiência muito boa poder contar com este trabalho na escola, onde pudemos estar debatendo e discutindo o tema com as crianças”, disse a enfermeira Regina.

Quem também avaliou como de grande importância o trabalho, foi a diretora da escola, Estela Maris. Segundo ela, o referido tema também será trabalhado nos próximos HEs com os professores, para que depois os mesmos possam dar prosseguimento ao trabalho em sala de aula com as crianças, inclusive recorrendo ao auxilio de vídeos e outros meios, para que as crianças realmente possam estar sempre informadas e orientadas a respeito do tema.

Maris também comunga do pensamento de que o bullyng é mais comum do que pensamos nos dias atuais, sendo que muitos praticam o mesmo, sem ter conhecimento que se trata realmente de um crime, aos olhos da lei: “Daí a importância de desde cedo estarmos trabalhando na educação e reeducação de nossas crianças, ainda na escola, para que elas possam crescer mais conscientes e sabedoras de que ficar tirando sarro ou colocando apelidos nos amiguinhos é bullyng e que bullyng não é legal”, disse Estela Maris. 

Fonte: Assessoria - SME