27/08/2010

Encerrando na noite desta sexta-feira, dia 27, o Fórum Municipal de Educação Especial, a advogada e assessora jurídica da Secretaria Municipal da Educação de Assis, Edna Maria de Carvalho, irá proferir a palestra “Os direitos das pessoas com deficiência”, onde ela promete abordar de maneira clara e objetiva, os principais pontos relativos ao tema, considerado pela advogada merecer de uma atenção muito especial nos dias de hoje, quando muitos denominam a pessoa que possui alguma deficiência como portador de necessidades especiais, sendo que segundo ela essa denominação não é completamente correta, visto que pessoas com necessidades especiais, na sua visão são todas aquelas que necessitam de adaptações para realizarem tarefas cotidianas e nesse grupo incluem-se as grávidas, os obesos, os idosos e as pessoas com deficiência.

“Há quem acredite que a pessoa com deficiência seja incapaz, devido a suas limitações. Porém, assim como todos nós, as pessoas com deficiência apresentam dificuldades e qualidades. Portanto, a legislação assegura à pessoa com deficiência todos os direitos fundamentais, além de possibilidades de adaptações físicas, espaciais, instrumentais e tecnológicas que facilitem a execução de tarefas, sendo que diante de tantas mudanças que hoje vemos ocorrer na sociedade, surge um novo movimento, o da inclusão, conseqüência da visão de um mundo democrático, no qual pretendemos respeitar direitos e deveres, pois a  limitação da pessoa não diminui seus direitos: é cidadã e faz parte da sociedade como qualquer outra, pois já é passado o momento de a sociedade preparar-se para lidar com a diversidade humana e entender que todas as pessoas devem ser respeitadas, não importa o sexo, a idade, as origens étnicas, a orientação sexual ou as deficiências, uma vez que a nossa meta deve ser a busca e consolidação de uma sociedade aberta a todos, que estimula a participação de cada um, aprecia as diferentes experiências humanas e reconhece o potencial de todo cidadão é denominada sociedade inclusiva”, destaca a advogada Edna Maria.

Contudo, o encontro que neste ano tem como tema “Repensando a educação inclusiva” e que foi aberto na noite desta quinta-feira, com a palestra “Diversidade, preconceito e educação: um relato de superação”, do professor Renan Rodrigues, tem programado para esta sexta-feira, uma série de oficinas e palestras, que se estenderão durante todo o dia, no evento que é uma realização conjunta da Prefeitura Municipal de Assis, por meio da Secretaria Municipal da Educação e do Departamento de Psicologia Experimental do campus da Unesp de Assis.

Das oito horas da manhã ao meio dia e das 14 às 17 horas, na sala de vídeo conferencia (Prédio I – Letras), acontece a oficina “O atendimento educacional especializado na perspectiva inclusive: atendimento nas salas multifuncionais”, que será comandada pela professora Joice Iara Araújo.

Já no mini-auditório de psicologia da Unesp, das 14 às 17h30 acontece a oficina “O contexto, a criança e o TDAH, tendo como palestrante a doutora  Mary Yoko Okamoto e auditório Antonio Meirissi, das 9 às 12 e dás 14 às17 horas, acontece a oficina denominada “O atendimento educacional especializado na perspectiva inclusiva”, tendo como coordenadora, a doutora  Jane Aparecida de Souza Santana.

“Déficit intelectual: avaliação” será o tema, explica Rosemeire, da oficina aplicada pelo professor Luiz Henrique e que acontecerá das 14 às 17 horas, no mini-anfiteatro da central de aulas de história  e na mesma sala, só que pela manhã, das 9 às 12 horas, Rosana Cristina Noveli, comanda a oficina “O currículo funcional natural sobre o autista”.

Para a secretária da Educação, Ângela Canassa, a realização de fóruns e debates sobre o tema são de fundamental importância, se um dia quisermos realmente vivenciarmos um mundo mais justo, onde as desigualdades e as limitações sejam realmente respeitadas, uma vez que segundo ela, apesar de existirem leis que garantem os direitos da pessoa com deficiência, percebemos que o mundo atual ainda exclui as pessoas consideradas diferentes: “Precisamos, então, conhecer e reconhecer essas pessoas que vivem à nossa volta e que acabam sendo excluídas por nossa própria ação, pois se desejamos, realmente, uma sociedade democrática, devemos criar uma nova ordem social, pela qual todos sejam incluídos no universo dos direitos e deveres, sendo que para isso, é preciso saber como vivem as pessoas com deficiência, conhecer suas expectativas, necessidades e alternativas, ou seja, precisamos pensar nas dificuldades e conquistas desses excluídos e na possibilidade de concretização dos seus direitos, mas de uma maneira objetiva e com ações, pois somente discursos bonitos não levam a nada, pois o que devemos mesmo, é cada um de nós fazer a nossa parte por estas pessoas, que infelizmente, ainda vivem na maioria das vezes, excluídas da sociedade”, concluiu Canassa. 

Fonte: Assessoria - SME