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Teatro “ficou pequeno” na festa do João Mendes

16/08/2010

 

 

Todos os assentos ocupados e o público ainda lotando os corredores e laterais para acompanhar as apresentações das crianças. Esta é o resumo da superlotação ocorrida no teatro municipal Padre Enzo Ticcinelli, na noite desta sexta-feira, dia 13 de agosto, na festa em comemoração aos 95 anos de fundação da escola João Mendes Júnior.

A noite de gala já se mostrava grande bem antes do início da festa, quando duas filas enormes, formadas na maioria por familiares das crianças que iriam se apresentar,  dobravam a esquina, enquanto esperavam a hora de poderem adentrar ao recinto.

Logo no hall de entrada, a direção do colégio preparou uma exposição de fotos e pinturas da escola, além do que, uma pequena lembrança da noite era entregue para todos os visitantes.

No palco, mesmo antes do início do cerimonial e das apresentações, dois telões laterais exibiam imagens antigas e atuais, daquela que foi a primeira escola a ser construída na cidade.

Formada a mesa de autoridades, foram entoados os hinos Nacional e de Assis, sendo que em seguida, foi apresentado o Hino da Escola, escrito pela aluna Clarice Moreira, da sala de deficientes visuais da professora Sacae. A autora do hino, se apresentou acompanhada pelos alunos do primeiro ano “E”, da professora Leonia e apenas após a apresentação, é que a cerimônia foi declarada aberta oficialmente pela diretora da escola, Solange Clauzzo de Luccas.

“Pra mim é uma honra poder estar aqui hoje participando desta linda festa e poder observar este auditório lotado, pois era exatamente isso o que eu esperava, pois afinal, o João Mendes é a primeira escola de Assis e festejar os seus 95 anos é algo que enaltece não apenas a nós educadores, mas toda a população, pois é impossível desvincular a história do João Mendes, da própria história de Assis, pois uma esta ligada à outra”, disse a secretária da Educação, Ângela Canassa em seu discurso, na abertura da festa.

Antes das apresentações das crianças, foi lido pela mestra de cerimônia Maralice Chiampi, um breve histórico do colégio e em seguida, foram feitas algumas homenagens, entre as quais, para ao ex-diretor Antonio Neuster Vaz (1986 a 1990), a ex-professora Fani Arantes de Carvalho (1964 a 1986), a dentista do colégio Silvana Superbia (1997 a 2004), ao colaborador e ex-aluno, o médio Eduardo Andreguetti, a secretária Ângela Canassa, ao escritor, radialista e conselheiro tutelar Marcio Ribeiro e ao escritor e ex-aluno, Gilberto Bertolucci, que após receber o seu pequeno mimo, fez questão de ler um poema, escrito por ele em homenagem ao João Mendes.

Bertolucci ainda foi homenageado pelos alunos do quinto ano “C”, que apresentaram o poema “A família: célula perfeita da sociedade”, de sua autoria.

Homenagem idêntica também foi feita para Marcio Ribeiro, uma vez que alunos da sala de recursos de deficientes auditivos, da professora Juliana, encenaram, apenas na linguagem de sinais, mensagens do seu livro “O muro”, cuja dramatização emocionou o grande público presente.

Encerradas as homenagens, teve início o prometido sarau, onde por cerca de duas horas, alunos de todas as salas de aulas do colégio puderam se apresentar no palco do teatro, se transformando por uma noite em verdadeiros astros, mostrando muito talento nas dramatizações, leituras, danças, musica, ou seja, presenteando o público com belíssimas apresentações, sempre marcadas por uma grande emoção, não apenas por parte das crianças, que na verdade estavam ali no palco se divertindo, mas principalmente, causando muita emoção na platéia, formada por pais, mães, tios, tias, avós, avôs e demais parentes e amigos, o que por si só já resume o que aconteceu na noite desta sexta-feira, dia 13, no teatro municipal “uma verdadeira noite de gala”.

“Esse sarau estava incluído em nosso planejamento desde o início do ano, mas devido ao conflito de datas, só foi possível realizar agora e ficamos muito felizes com o resultado, pois de uma forma graciosa pudemos desenvolver a atividade programada e festejar o aniversário da nossa escola, pois eu entendo que foi o sarau também uma forma de divulgarmos os trabalhos realizados na instituição e prestar contas aos pais e toda população”, disse emocionada a diretora Solange, ao final do evento.

HISTÓRIA - Com o seu início de funcionamento datado de agosto de 1915, a atual Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Doutor João Mendes Junior, que agora comemora os seus 95 anos, foi instalada inicialmente em Campos Novos do Paranapanema, onde funcionou até o inicio de 1919, sendo que a partir daí, com a transferência da sede da comarca de Campos Novos para Assis, o colégio também foi igualmente transferido, funcionando inicialmente no chamado Lago da Matriz, onde hoje está abrigado o Centro Cultural Dona Pimpa.

Na época, com os alunos abrigados em um prédio barreado, feito de taipa e barro (pau-a-pique), a escola usava o nome de Grupo Escolar de Assis, tendo sido a primeira escola da cidade, tendo ganhado o nome de Doutor João Mendes Júnior apenas em 1923, em homenagem ao juiz de direito João Mendes de Almeida Júnior, falecido naquele ano, tendo o nome sugerido na época do Estado pelo juiz de direito assisense Vasco Smith de Vasconcelos permaneceu, mesmo o homenageado não tendo nenhuma ligação com Assis.

Dentre as muitas histórias e curiosidades que envolvem o colégio, vale lembrar que durante a Revolução Constitucionalista de 1932 o então grupo escolar, que oferecia apenas o curso primário do primeiro ao terceiro ano, serviu de quartel para as tropas legalistas, sendo que este momento conturbado de conflitos, culminou com a destruição de toda a documentação da escola, desde 1915 até 1932.

Na década seguinte, a Igreja Católica doou um novo terreno para a construção de uma escola maior, surgindo então o atual prédio onde passou a funcionar a partir de primeiro de abril de 1941, o Grupo Escolar Doutor João Mendes Júnior, edificado na Praça São Paulo e que até os dias atuais mantém a mesma arquitetura em sua fachada.

Carlos de Assis Veloso foi o primeiro diretor da escola, que teve entre os seus alunos mais ilustres, o ex-prefeito de Assis, deputado federal e um dos fundadores do PSDB, o já falecido José Santilli Sobrinho, além do sociólogo e Ministro da Cultura do governo Fernando Henrique Cardoso, Francisco Correa Weffort.

Desde o ano 2000, por força do convênio da municipalização da educação de primeira a quarta série (hoje até a quinta) assinado entre a Prefeitura e o Estado, a escola passou a ser gerenciada pelo município, sendo que atualmente atende em torno de 600 alunos do ensino fundamental.

 

 

 

 

 

Fonte: Assessoria - SME


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