17/07/2010

Por meio de uma mensagem eletrônica (email) assinado pela coordenadora de projetos da ONG, Elizabeth MacNicol, a Fundação Lemann solicitou nesta quinta-feira, dia 15 de julho, que a Secretaria Municipal da Educação de Assis agende uma nova data, para que seus representantes possam estar na cidade, visitando a escola Beija-Flor, que funciona no Parque de Exposições Jorge Alves de Oliveira. 

Tal visita deveria ter acontecido no início do mês, mas a pedido da Lemann foi adiada, uma vez que uma das pessoas que viria à Assis, estava impossibilitada de viajar. 

A vinda da Fundação Lemann em Assis, é fruto do interesse que a ONG, que trabalha no apoio a projetos educacionais considerados inovadores demonstrou pelo trabalho desenvolvido na cidade, quando o mesmo foi exposto pela secretária da Educação, Ângela Canassa, durante o 2º seminário  de Líderes em Gestão Escolar e XIX Fórum Estadual da UNDIME/SP (União dos Dirigentes Municipais de Educação de São Paulo), realizado em Serra Negra no início do ano, numa realização da Lemann: “E agora eles estarão na cidade para conhecer pessoalmente os detalhes do trabalho desenvolvido pela escola Beija-Flor, sendo que dependendo da avaliação da equipe que virá em Assis, desta visita pode até mesmo nascer uma parceria com a Lemann, que atua nesta área de apoio e patrocínio de projetos na área da educação”, explica Canassa. 

Canassa lembra, que durante o encontro de Serra Negra, que contou com a presença de todos os secretários municipais do Estado, o trabalho do Beija-Flor foi explicado por ela aos participantes, tendo sido “uma grata surpresa”, observar todo o plenário aplaudindo em pé, as suas explanações sobre a escola Beija Flor: “To falando sério e mostro para quem quiser ver,  pois é muito grande o número de emails na caixa de entrada do meu correio eletrônico, pedindo informações sobre o projeto, que tanto chamou a atenção dos presentes”, disse Canassa. 

E agora, segundo ela, este novo contato da Lemann, serve para comprovar ainda mais, que o trabalho desenvolvido em Assis e que muitas vezes até é criticado por pessoas que não conhecem a sua plenitude de perto, na verdade pode se transformar em modelo de gestão educacional: “Lá mesmo em Serra Negra eu havia sido procurada pela Fundação Lemann, mas confesso que apenas agora, com este novo contato, é que realmente estou acreditando na possibilidade de nos tornarmos parceiros”, disse. 

Em Serra Negra, lembra Canassa, suas explicações sobre o projeto desenvolvido na Ficar, aconteceram durante uma palestra sobre desajustes comportamentais e o que fazer para trabalhar com este aluno, de modo que ele sinta prazer em estar na escola e principalmente, não se transforme em mais um dado dentro do índice de evasão escolar: 

“Fizemos uma exposição do trabalho que fazemos com muito amor na escola Beija Flor, no sentido de conseguir com que estes alunos com distúrbio comportamental e que muitas vezes se evadia mesmo da escola, novamente volte a mostrar interesse pelo aprendizado e qual não foi a minha grata surpresa, ao me deparar, além dos aplausos, com um grande número de pessoas nos procurando depois, inclusive no hotel, para pedir mais explicações e agendar visitas à Assis”, disse. 

Porém, como ela mesma lembra, não foi apenas o público que se emocionou com a experiência do trabalho desenvolvido pelo projeto, mas também ela mesma, ao relatar aos presentes, uma  experiência vivida recentemente por ela, que foi quando um ex-aluno do Beija Flor, que havia sido promovido para o sexto ano e por haver passado para uma escola estadual não poderia mais freqüentar o projeto, lhe procurou para pedir que ela o deixasse continuar no Beija Flor, porque apenas ali, ele se sentia bem. 

Devido ao período de recesso escolar do meio do ano, atendendo solicitação da Fundação Lemann, que estará na cidade com uma equipe formada por três especialistas do setor de projetos da ONG, a nova visita será agendada para a primeira semana de setembro. 

MODELO – Não foi apenas da Fundação Lemann que a escola Beija-Flor chamou a atenção, pois na opinião do escritor Wagner Costa que no início do mês esteve na cidade participando da II Feira do Livro e aproveitou para visitar o projeto, o mesmo pode ser considerado um modelo a ser seguido por outros municípios: “Vocês estão de parabéns, pois o que estou conhecendo hoje é algo que deveria servir de modelo para tantos outros municípios brasileiros, pois são pouquíssimos os que se preocupam em oferecer um atendimento digno e de qualidade para este público atendido aqui pela escola de vocês”, foi a frase utilizada pelo jornalista e escritor paulistano Wagner Costa, durante a sua visita ao projeto, onde conversou com crianças atendidas, professores e com a equipe gestora do mesmo.

 “Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo em saber que na cidade de Assis existe este projeto destinado exclusivamente a estas crianças, que na verdade precisam justamente do que lhes é oferecido aqui, ou seja, amor, carinho, atenção ou seja, elas querem tão somente sentirem-se parte integrante da sociedade, o que lhes é proporcionado pela escola Beija Flor e pra mim foi um privilegio imenso receber este convite, pois sem dúvida alguma, não irei me esquecer que um dia eu estive em Assis e pude conhecer este magnífico trabalho desenvolvido aqui neste local, onde me informaram, que foi no passado um recinto de exposições, mas eu não tenho dúvida, que agora, sendo destinado à educação e abrigando um projeto tão grandioso como o Beija Flor, o espaço está bem melhor ocupado, do que nos tempos em que abrigava um recinto de exposições”, considerou Costa, que além de escritor é formado em jornalismo, tendo atuado como  repórter no Sistema Globo_CBN, rádios Bandeirantes e Cultura, e jornais Folha de São Paulo, Diário da Noite e Notícias Populares. 

Fonte: Assessoria - SME