27/09/2010

Uma reunião marcada para as 14 horas desta terça-feira no campus local da Unesp, irá marcar oficialmente a formação e o início dos trabalhos da equipe do CEDET/ Assis (centro para o desenvolvimento do potencial e talento), que a partir do ano que vem, por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Assis, por intermédio da Secretaria Municipal da Educação e a Unesp, irá trabalhar na sondagem e atendimento das crianças e adolescentes com talentos especiais.

Carina Alexandra Rondini Marretto, coordenadora do CEDET/Assis, lembra que neste encontro as escolas municipais serão distribuídas entre os primeiros membros da equipe de trabalho, o que possibilitará ampliar a identificação das crianças com sinais de dotação e talento fazendo nova identificação: “Nossa meta é observarmos todas as crianças do município nas terceiras, quartas e quintas series”, lembrou.

Esta equipe inicial do CEDET/Assis terá ate o final do ano para cumprir essa tarefa e então no final do ano com a equipe toda montada, uma vez que a pretensão é ter uma equipe por seis professores da rede, será iniciado o plano individual das crianças que participarão do CEDET, a partir de 2011 quando se inicia as atividades praticas do projeto.

Antes disso porém, Carina lembra que a equipe irá fazer um estágio pratico no CEDET de Lavras (MG), onde o projeto foi implantado inicialmente no Brasil, pelas mãos de sua idealizadora Zenita Cunha Guenther, em 1993 e que agora (Zenita) é considerada a madrinha do projeto assisense, uma vez que vem acompanhando, supervisionando e orientando a montagem da equipe que irá trabalhar na cidade, tanto que na semana passada, participou de todos os passos da observação assistidas com os alunos pré-selecionados, dentre os quais, num segundo momento, sairão os que irão iniciar o projeto.

“É bom que fique claro, que esta observação assistida foi realizada com todos os estudantes apontados pelos levantamentos iniciais como possíveis integrantes do projeto, mas diante mão, mesmo sem ter ainda os resultados deste primeiro estudo com eles, posso garantir que um percentual de 30% ou até mais, será descartado e não irá ser aproveitado, pelo menos neste início de trabalho”, disse Zenita, durante a observação feita com os alunos, semana passada na Fema.

Zenita lembra ainda, que este corte ocorre, porque o projeto não se destina ao trabalho com crianças e adolescentes que apresentem qualquer habilidade, mas sim  capacidade acima da média para uma ou mais coisa, uma vez que habilidades todos possuem, mas capacidade acima do potencial considerado normal, é algo que precisa ser observado e reconhecido para que só após este primeiro passo, esta criança ou adolescente possa estar recebendo o atendimento desejado e principalmente, esperado por ela.

Já segundo Carina Alexandra Rondini Marretto, coordenadora do CEDET/Assis, o que chamamos de “capacidade especial” é algo genético, que já nasce com a pessoa, sendo possível desde cedo observar nesta criança um nível maior de inteligência, criatividade ou mesmo uma habilidade motora acima da média de outras crianças: “Mas esta capacidade pode ou não se desenvolver, pois isso irá depender de muitos fatores, inclusive do meio em que esta criança ou adolescente vive, já que é comum observarmos pessoas com grande capacidade em diversos campos, mas que infelizmente acabaram desenvolvendo esta capacidade para o mal”,  observa a pesquisadora.

Fonte: Assessoria - SME